Bairro de Isola e sua transformação

Situado ao lado norte em respeito ao centro, confinando ao lado leste com a região da estação Centrale, ao lado sul com as regiões centrais de Garibaldi e Corso Como e por fim no lado oeste com a avenida Carlo Farini e o importante e histórico Cemitério Monumentale.



O nome Isola (Ilha), se deu devido ao fato que as mudanças urbanísticas na cidade de Milão como consequência meio que separou e isolou o bairro com relação à cidade a sua volta, de fato os isolanos, nome que gostam de ser chamados os antigos moradores do bairro, dizem-se sentir confinados em um enclave que os parece uma pequena cidade dentro da cidade, onde apenas se coloca os pés as tensões diminuem, os barulhos se distanciam e as pessoas se cumprimentam pelas ruas.

Foto by: Helena Giardini


Isola é um bairro com raízes históricas ligadas ao comércio entre as regiões de Monza e Brianza com a cidade de Milão.
Sempre foi um ponto importante de encontros e relações humanas e econômicas e entre o final do século XIX e inicio do século XX se tornou sede de atividades industriais e artesanais, onde residiam operários e classe média.
Depois que a estação Central teve sua localização mudada, então os trens deixaram de atravessar o bairro e por vários anos uma vasta área com vários espaços ficaram descobertos e abandonados, lentamente a partir dos anos 80 o bairro vem tentando se reconstruir, após vários anos sendo considerado como lugar não bem frequentado e perigoso.
Graças a expo 2015 foi criado o projeto de requalificação de toda área de Porta Nova, onde inclui-se Isola.
Foto by: Helena Giardini

Foto by: Helena Giardini

Hoje a área com a estação de metro e trem de Porta Garibaldi, é dotada de uma ótima conexão de transportes e está passando por um complexo processo de integração imobiliária.
Hoje a região tem uma estrutura sócio econômica diferenciada, o que fez ocorrer uma grande mudança social e demográfica, com a chegada de um novo público e tipo de moradores.

Realmente com tantas mudanças, alguns moradores se reuniram e após várias burocracias, conseguiram transformar um espaço abandonado em um pequeno paraíso verde.
Criado, cultivado e vivido pelos habitantes de Isola, conhecido como Giardino Condiviso Isola Pepe Verde (Jardim compartilhado Ilha Pepe Verde), com vista interna para o famoso prédio do bosque vertical e ao lado do acesso a estação de metrô Garibaldi.
Um Espaço Aberto até o por do sol, onde voluntários podem  cuidar das plantas, cultivar hortas, ou onde simplesmente as pessoas podem relaxar em um mini bosque tranquilo bem no meio da cidade.


Foto by: Helena Giardini

Foto by: Helena Giardini
Foto by: Helena Giardini


Foto by: Helena Giardini


Outra iniciativa bem legal do bairro são os quiosques pontos Isola, espalhados pelo bairro, lugares onde as pessoas podem parar e recarregar o celular com cabo USB, e descansarem ao reparo do sol ou da chuva.
Na realidade existem mais pontos espalhados pela cidade como esses, mas em Isola nota-se mais facilmente, mesmo porque se estiver passando pelo bairro em horário de aperitivo com os bares cheios, pode acontecer de avistar clientes de bares que usam os quiosques para beber sentados e tranquilos, como se fosse uma extensão das mesas dos bares.

Foto by: Helena Giardini




Hoje o bairro é uma região com muitos escritórios, um número significativo de artesanato de qualidade e associações culturais, bem como um forte componente de bares, restaurantes e vida noturna.
Entre eles está o sugestivo Deus Café, um dos mais badalados da região, é uma marca australiana que se estabeleceu aqui  com a sua loja especializada em motos, bicicletas e surf, e o seu bar, tudo junto, mantendo obviamente a tradição Milanesa do tradicional happy hour, ou melhor aperitivo entre às 18:00 horas e 21:00 onde só se paga a bebida com direito à  acesso ao buffet de petiscos à vontade.


Foto by: Helena Giardini
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Foto by: Helena Giardini
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